Leitura e Escrita
Depoimentos:
Todos os depoimentos revelam uma particularidade de seus autores e em todas de alguma maneira também encontrei meus próprios pensamentos e sentimentos.
Como disse Newton Mesquita:
"Quando você vê um quadro e
gosta muito, a sensação é a de que aquela imagem sempre esteve dentro de você.
Com o texto é a mesma coisa: aquilo toca na sua essência e detona tantas ideias
e fantasias que se torna parte de sua vida"
Nas minhas experiências estas foram as leituras que
me marcaram, as que tocaram minha essência, as que me ajudaram ser o que sou.
Mas lembro-me na infância que tive uma leitura
diferente, mas muito marcante e cujo exemplo procuro seguir em casa e no
trabalho, com adaptações é claro!
Alguns anos atrás (bem poucos, kkkk..) nossa
diversão era ouvir as estórias que meu avô contava e ouvir músicas num pequeno
rádio a pilha. À noite meu avô rodeado pelos netos, (éramos 10), na beira do
fogão à lenha, comendo pipoca, batata doce ou pinhão fazia-nos viajar em suas
estórias. Quantas noites eu ia para cama levada pelos braços de meu amado pai,
morrendo de medo, pois a estória da noite fora de “assombração”. E ele me
dizia: Não tenha medo é só uma estória, isso não existe!! Dava-me um beijo e eu
ficava assombrada nos meus pensamentos... Até dormir e depois esperava com
ansiedade a próxima estória da noite.
Foram muitas as estórias, algumas nos faziam rir,
outras chorarem e outras sentir medo! E outras tantas
me fizeram sonhar, acreditar, viajar por países e mundos
extraordinários. Atravessar a passagem do tempo!
Acredito que contar estórias nos ajuda a
interpretar e compreender o mundo que nos cerca e talvez tenha sido este ato de
meu avô a semente jogada em minha essência para que despertasse em mim o gosto
pela leitura. Por isso uso em minhas aulas!
“Ler é
suspender a passagem do tempo” (Marilena Chauí).
Inêz Silva
Gosto de ler, este
gosto alterou-se em cada fase da vida. Quando criança parava o que estava
fazendo ao deparar com um livro ou revista, minha mãe falava que "eu
esquecia da vida". Apreciava gibis, fotonovelas, talvez algumas pessoas
nunca souberam da existência de fotonovelas em revista. Era cadastrada na
biblioteca itinerante em Cruzeiro, onde emprestei vários livros, lembro que
gostei muito da obra "Pinho, Pinheiro, Pinhão", li também os
clássicos de Monteiro Lobato, "Memórias de um Fusca" e outros recomendados
pela escola.
No ensino médio li
alguns clássicos de literatura, também gosto de livros do Harold Robbins,
Sidney Sheldon, Augusto Cury e o último foi
"Professor Milionário",
obra de Domingos Pellegrini.
Maria
Regina Rabelo Lopes
Amo ler! E' o meu melhor passatempo e lazer. Entre
um passeio e ficar em casa lendo um bom livro, sem dúvida, fico com a
segunda opção.
Identifiquei-me muito com o depoimento da Danusa Leão também leio
tudo que cai em minhas mãos Adorei como o professor
de Matemática Nilson José
Machado sintetizou a importância da leitura e escrita. E me
encantei com a sensibilidade de Clair
Feliz Regina que de cima dos seus 80 anos vê a vida de forma
tão poética.
Minha primeira experiência importante com a leitura
foi aos 10 anos quando precisei ficar "de molho" por causa da
catapora e ganhei de uma tia os três volumes dos Doze trabalhos
de Hércules de Monteiro Lobato. Vivi momentos
tão prazerosos, de magia e encantamento através daquela leitura!
Depois, na adolescência um livro que me
marcou foi Zoya de Danielle Steel. Um conto de
fadas moderno!
Mas me encantei definitivamente pela leitura com um
livro que me foi presenteado por minha mãe (lido por ela na sua
mocidade): Náufragos de Erich Maria Remarque traduzido
por Raquel de Queiros.
Miriam Caldas Arroyo
Minhas primeiras leituras,
assim como a grande maioria das pessoas foram gibis. Não me lembro de ler
outras coisas. Não me interessavam! Um dia “caiu em minhas mãos o livro”: Eu
sou “Pelé“. Como era garoto e Pelé estava surgindo para o mundo do futebol
fiquei interessado e acabei lendo o livro, num curto espaço de tempo. Assim
despertei para o mundo da “Leitura”.
Portanto acho que para
incentivar alguém a ler, é preciso que dê a ele um assunto que interessa, assim
pegará gosto pela leitura. Depois começará o interesse de ler outros assuntos serão
com certeza despertados.
Hoje os assuntos que me
interessam aumentaram, mas ainda não me empolgo com certas leituras.
Quando um livro é comentado e o assunto me desperta interesse, ai sim procuro
ler, como o caso da Ana Beatriz que fez boas referências ao livro Reflexões
sobre a alfabetização.
Renato Barros Machado
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